Livre/Tempo de Avançar lança regionalização como "principal prioridade"

Ricardo Sá Fernandes discursavou durante um comício do Livre/Tempo de Avançar (L/TDA) no Porto.
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O cabeça de lista do Livre/Tempo de Avançar pelo Porto, Ricardo Sá Fernandes, disse hoje que a plataforma quer contribuir para uma união da esquerda e apresentou a regionalização como "principal prioridade" após as eleições.

"A regionalização é para nós a primeira prioridade", afirmou o advogado, para quem "o Porto precisa de ser uma região (...) para ajudar o país a sair do buraco em que está".

Sá Fernandes, que discursava durante um comício do Livre/Tempo de Avançar (L/TDA) no Porto, apontou também como prioridade a necessidade de "construir com os outros partidos à esquerda uma maneira diferente de encarar a política em Portugal, uma maneira de deitar abaixo o muro de cimento que se construiu" com "PS de um lado e PCP do outro".

"Nós seremos a semente capaz de lançar as pontes e impedir que estes partidos continuem de costas voltadas. A esquerda percebe o território que há para ocupar, as pessoas que há para conquistar, são pessoas que não perceberão que no dia 04 de outubro a esquerda tenha maioria e não se entenda", frisou, reiterando um discurso por diversas vezes defendido pelo cabeça de lista por Lisboa, Rui Tavares.

Durante o discurso, Rui Tavares defendeu a necessidade da reestruturação da dívida, um assunto que, disse, "tem de estar em cima da mesa do Conselho Europeu".

O antigo eurodeputado, que quer na Assembleia da República "deputados e deputadas" que assegurem "que nada será igual", destacou ainda a falta de uma regionalização "que permita gerir melhor os recursos" e de uma reforma fiscal que "cumpra a Constituição".

Do comício no Palácio do Bolhão, no Porto, participou também a ex-parlamentar do BE e candidata "número dois" por Lisboa Ana Drago que não poupou críticas ao "debate incompreensível sobre quem chamou a 'troika'" e assinalou os "sucessivos episódios: tenho uma carta escrita, para ti 'troika' bonita" assinada por PS, PSD e CDS.

Ana Drago não esqueceu a Segurança Social e "o debate assustador" a que se tem assistido com "uma espécie de leilão de cortes" apresentado como solução pelos partidos.

Diário de Notícias
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